A visão do governo brasileiro


O governo brasileiro seja na pessoa do Presidente Lula da Silva ou de Mauro Vieira sempre manteve um discurso durissimo contra a guerra Israel/Palestina condenando as duas partes e em muitas vezes batendo forte no estado sionista.

O Brasil tem optado por não rotular o Hamas como grupo terrorista, mas deixando claro que o grupo cometeu um ato de terrorismo assim como Israel também vem cometendo matando mulheres, crianças e bombardeando hospitais e por mais que haja críticas sobre isso a atitude brasileira tem embasamento em uma resolução da ONU.

No tocante à qualificação de entidades como terroristas, o Brasil aplica as determinações feitas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, órgão encarregado de velar pela paz e pela segurança internacionais, nos termos do Artigo 24 da Carta da ONU, explica o MRE.

Boicotes e armações


Com a escalada do conflito em Gaza países iniciaram articulações para repatriação de seus compatriotas e o Brasil também iniciou uma operação para repatriar brasileiros que estavam em Gaza dando início às negociações nos primeiros dias de novembro e a primeira lista de brasileiros autorizados a sair de Gaza saiu no dia 8 de novembro, mas os brasileiros começaram a ter dificuldades para serem incluídos nos voos algo que foi encarado como revanchismo do governo israelense.

Enquanto os brasileiros eram excluídos dos voos e tratados como pessoas de segunda categoria o Embaixador israelense Daniel Zonshine se reunia na Câmara dos Deputados com o líder da extrema-direita Jair Bolsonaro em uma atitude que foi fortemente repudiada pelo Governo brasileiro e encarada como afronta direta ao governo.

A atitude do embaixador contribuía ainda mais para o mal estar entre o Governo brasileiro e o estado sionista inclusive com parlamentares exigindo a retirada da embaixada israelense do país.

Nesse mesmo dia, 8 de novembro, explodiu a notícia de uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Interpol, FBI e a inteligência israelense, o Mossad na qual culminou na prisão de supostos terroristas do grupo libanês Hezbollah no Brasil.

De acordo com a Interpol e FBI o grupo realizaria ataques a prédios da comunidade judaica brasileira.

No dia seguinte, 9 de novembro o Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino manda recado para Israel por meio de sua rede social no X:

Apreciamos a cooperação internacional cabível, mas repelimos que qualquer autoridade estrangeira que cogite dirigir os órgãos policiais brasileiros, ou usar investigações que nos cabem para fins de propaganda de seus interesses políticos, ressaltou Dino.

Apesar da mídia burguesa ter se deliciado com a notícia de supostos terroristas no Brasil a verdade foi que a população já bem saturada com fake news quase que constantemente fez pouco caso e até piada, muitos outros nas redes sociais falavam em armação e operação farjuta.

Após doze dias de espera , desde o primeiro dia de negociação, finalmente foram repatriados os 32 brasileiros que estavam em Gaza e foram recebidos pelo Presidente da República no dia 13 de novembro.

E no Conselho de Segurança da ONU no dia 18 de novembro a Diplomacia brasileira conseguiu costurar uma resolução que propunha uma 'pausa humanitária' , mas foi barrada por um único voto contra vindo dos EUA que por ser membro tem poder de veto, barrando assim a proposta brasileira.

Um terror na cuíca e no cavaquinho


Voltamos cronologicamente com os supostos terroristas brasileiro presos no âmbito da operação Trapiche: após as prisão do dia 8 de novembro a PF realizou mais uma prisão no Rio de Janeiro no dia 12, efetuando a prisão de Michel Messias, músico e pagodeiro, que esteve no Líbano por duas vezes a convite e com todas as despesas pagas pelo sírio naturalizado brasileiro Mohamad Khir Abdulmajid, procurado pela Interpol.

Michel em interrogatório afirmou que foi procurado por Mohamad para fazer apresentações de pagode no Líbano e negou tanto ter envolvimento com Hezbollah quanto ter recebido proposta para colaborar com terrorismo.

Hoje, 6/12: PF descarta envolvimento de brasileiros com o grupo libanês Hezbollah


Fontes da Polícia Federal (PF) informaram a Carta Capital que os dois detidos foram soltos após cumprir a detenção temporária de 30 dias. A extensão da prisão não foi pedida pela PF, pois eles cooperaram com as investigações. Apesar de admitirem ter sido recrutados pelo grupo, ‘não representam mais perigo’. Os demais investigados presos, por outro lado, tiveram suas prisões temporárias convertidas em preventivas.

Esse: 'apesar de admitirem ter sido recrutados pelo grupo' me pareceu um tanto quanto forçado, enfim.

Conclusão


Essa narrativa sobre terroristas no Brasil segue viva mesmo sendo cheia de furos e muito mal contada até mesmo pelo time ocorrendo quando o governo brasileiro critica fortemente o pupilo dos EUA isso para mim é o primeiro ponto a se observar. Já o envolvimento dos três órgãos de inteligência internacionais Interpol, FBI e Mossad, por serem órgãos de "prestígio" podem muito bem influenciar na versão que os Federais brasileiros devem apresentar para o público. Enfim mesmo que seja uma grande farsa ou armação nunca iremos saber cabe apenas a nós mesmo tirar nossas próprias conclusões seja acreditar na imprensa subserviente ou não.

O governo brasileiro segue criticando não só a conduta de Israel, mas também a conduta do governo Biden.